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Caracterização biofísico-química de supramoléculas utilizadas para o microencapsulamento/imunoisolamento de ilhotas pancreáticas humanas:: elucidando os mecanismos responsáveis pela inflamação (2020)

  • Authors:
  • USP affiliated author: OTSUBO, THIAGO NUNES - EP
  • School: EP
  • Sigla do Departamento: PMT
  • Subjects: DIABETES MELLITUS; INFLAMAÇÃO
  • Language: Português
  • Abstract: O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença autoimune que provoca a morte das células-β produtoras de insulina. Além de ser incurável, o controle da glicemia é difícil e lábil, e o relapso pode levar a estados hiperglicêmicos prolongados que predispõem a diversos quadros sérios, como doenças cardiovasculares, infecções periféricas e coma cetoacidótico. Os pacientes que apresentam tal distúrbio precisam ater-se a um rígido estilo de vida que inclui minuciosa observação da dieta (quantidade e horário de refeições, composição nutricional e quantidade de alimentos ingeridos), prática de exercícios físicos regular e insulinoterapia frequente, invasiva e pouco eficaz. Essa ineficácia pode se tornar extrema em um grupo de pacientes com episódios hiperglicêmicos graves e muitas vezes fatais. Frente às claras limitações da insulinoterapia, uma série de tratamentos foram propostos ao longo dos quase 100 anos de pesquisa com variados graus de sucesso. O transplante de pâncreas órgão total, apesar do bom prognóstico, por ser uma cirurgia de grande porte apresenta diversos riscos associados ao procedimento e a necessidade de um regime de drogas imunossupressoras vitalício, que expõem o organismo a infecções oportunistas, e por si só apresentam uma série de efeitos colaterais. O transplante apenas de ilhotas pancreáticas apresentou resultados mais promissores; no entanto, não só a autoimunidade pode ser recorrente, mas a imunorrejeição não é eliminada, o que compromete a viabilidade e a funcionalidade do enxerto no longo prazo. Diante desse fato, propôs-se o imunoisolamento das ilhotas com cápsulas de biopolímeros (cujo principal é o alginato) de tamanho micrométrico, considerado o mais adequado. O microencapsulamento possibilitou significativo avanço na linha de pesquisa, com normoglicemia alcançada, nos melhores casos, poraté 3 meses; após esse período, no entanto, uma série de reações inflamatórias comprometem o suprimento de oxigênio e nutrientes causando morte celular. A causa dessas reações inflamatórias é desconhecida, mas se sabe que a adsorção proteica é o primeiro evento que ocorre a partir da introdução de um biomaterial no microambiente in vivo e que desencadeia toda a cascata inflamatória subsequente. Essa deposição fibrótica pode ser condicionada a diversos fatores físico-químicos relacionados a características dos materiais e variáveis de processo próprias do microencapsulamento, de modo que uma investigação da inter-relação biocompatibilidade-interações físico-químicas foi realizada por uma série de pesquisadores empregando métodos de caracterização tais como XPS, FTIR, ToF-SIMS, Potencial ζ e Ângulo de Contato pelo Método da Gota Séssil. Os resultados de uma revisão bibliográfica desses estudos são aqui reportados, com especial ênfase dada às deduções quanto à biocompatibilidade que podem ser obtidas. As conclusões levantadas mostram que a razão 𝑀𝐺, o peso molecular e o teor de G do alginato, assim como a hidrofilicidade de eventuais policátions e a exposição de moléculas não ligadas na superfície da cápsula têm impacto direto na biocompatibilidade; que a adsorção proteica pode ser devida a interações de diferentes naturezas, como eletrostática, hidrofílica e intermolecular; e que a compreensão dessa inter-relação e o uso de técnicas de modificação química polimérica via enxertia podem levar à engenharia de superfícies imunorrepelentes em sua quase totalidade. Palavras-chave: Inflamação; Diabetes; Biofísico-química; Engenharia Supramolec
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    • ABNT

      OTSUBO, Thiago Nunes. Caracterização biofísico-química de supramoléculas utilizadas para o microencapsulamento/imunoisolamento de ilhotas pancreáticas humanas:: elucidando os mecanismos responsáveis pela inflamação. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/44b6b907-ae53-44da-8921-90a5e18270ca/ThiagoNunesOtsubo.pdf. Acesso em: 27 abr. 2024.
    • APA

      Otsubo, T. N. (2020). Caracterização biofísico-química de supramoléculas utilizadas para o microencapsulamento/imunoisolamento de ilhotas pancreáticas humanas:: elucidando os mecanismos responsáveis pela inflamação (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/44b6b907-ae53-44da-8921-90a5e18270ca/ThiagoNunesOtsubo.pdf
    • NLM

      Otsubo TN. Caracterização biofísico-química de supramoléculas utilizadas para o microencapsulamento/imunoisolamento de ilhotas pancreáticas humanas:: elucidando os mecanismos responsáveis pela inflamação [Internet]. 2020 ;[citado 2024 abr. 27 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/44b6b907-ae53-44da-8921-90a5e18270ca/ThiagoNunesOtsubo.pdf
    • Vancouver

      Otsubo TN. Caracterização biofísico-química de supramoléculas utilizadas para o microencapsulamento/imunoisolamento de ilhotas pancreáticas humanas:: elucidando os mecanismos responsáveis pela inflamação [Internet]. 2020 ;[citado 2024 abr. 27 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/44b6b907-ae53-44da-8921-90a5e18270ca/ThiagoNunesOtsubo.pdf

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